Quando me lembro da trajetória deste casamento, uma característica do casal logo me vem à mente: organização. Os noivos foram disciplinados e preocupados com detalhes durante todo o tempo que antecedeu ao casamento.
Outra característica muito interessante deste casamento. Quase todas as tratativas foram feitas com o noivo. Isso é raro! Geralmente é a noiva que toma a frente de tudo. Gostei de ver um homem participativo no assunto casamento. Mas vamos para a história dos dois?
Vocês já ouviram falar em processo seletivo para casamentos? Pois é! Foi mais ou menos assim que essa união começou. Grasiele e Lucas se conheceram em Presidente Prudente quando os dois foram aprovados em um processo seletivo da Polícia Militar. Era janeiro de 2010 e a primeira vez que se viram foi na sala da entrega da documentação. O Lucas conta que de imediato pensou: “uau, gostei dessa garota”.
Como era um curso de 30 dias, eles passaram a manter um certo contato. Ao final, cada um foi encaminhado para trabalhar em sua cidade natal. Mas isso não os afastou. Pelo contrário! O sentimento foi aumentando cada vez mais e eles mantinham contato por meio do MSN, e-mail e SMS. Eles se falaram quase todos os dias por dois anos, sempre tentando um encontro, mas sem sucesso. Foi quando o pior aconteceu. Eles perderam o contato. Tinha tudo para terminar ali… se não fosse a Grasiele. No final de 2012, ela encontrou o Lucas no Facebook e a amizade continuou como se não tivesse sido interrompida. Ufa!
Nesta época, ele estava morando em Araçatuba. Depois de quatro meses de conversa, a Grasiele decidiu encontra-lo lá, já que ele ficava enrolando para ir encontrá-la na cidade dela. E ela foi com a cara e a coragem em um ônibus circular que chacoalhava mais do que touro mecânico. Ela nunca tinha ido para lá, mas a vontade de estar perto foi maior que tudo.
Mas o Lucas também fez a parte dele. Não pensem vocês que ele ficou de braços cruzados. Ele correu para emprestar o carro de um amigo para poder sair com a Grasiele. Podemos considerar que esse amigo, também chamado Lucas, foi um cupido do casal, assim com a Gilda, que lá em 2010 já tinha dado uma forcinha, né?
Muito bem! Assim que eles se encontraram em Araçatuba se deram conta de que já estavam predestinados a ficarem juntos. Depois de quase 3 anos de espera, nunca mais se separaram.
O namoro começou mesmo em março de 2013, após o Lucas ter sido transferido para trabalhar em Rio Claro. Como a Grasiele estava morando em Adamantina, eles se viam somente uma vez por mês, geralmente em um final de semana. Eles faziam um “rodízio” quanto a quem iria até o outro. Como na maior parte das vezes iam de ônibus, eles passaram a conhecer quase todas as cidades do trajeto e muitas, muitas rodoviárias. Com o tempo, a coisa melhorou. Eles passaram a se ver duas vezes ao mês. E só eles sabem os esforços que faziam para manter o relacionamento. Foram momentos de muito aprendizado e de solidificação do amor e da certeza de que queriam estar juntos.
O tempo passou e em 2017, a Grasiele se mudou para Rio Claro. Ela tinha prestado diversos concursos e foi chamada para trabalhar na cidade. Eles passaram a morar juntos e foi mais uma forma de confirmação do que eles queriam para a vida: um ao outro.
Foi essa linda história que nos levou ao casamento. A cerimônia foi realizada ao ar livre na Chácara Penteado, em Rio Claro. Ao som de cigarras e pavões, embaixo de árvores e lâmpadas que cruzavam toda a área do casamento, Lucas e Grasiele se uniram.
Ao final do casamento, lembro-me de ter brincado com a noiva de que não havia sido um casamento, mas sim um nascimento. Isso porque foram nove meses desde as primeiras conversas até a data da cerimônia.
E desse casal jamais me esquecerei por um detalhe muito importante. Quando fizeram o primeiro contato, graças a indicação da excelente cerimonialista Nilva Miamoto, eu ainda não era habilitado para realizar casamentos com efeito civil. Mesmo assim, eles confiaram em meu trabalho e minha habilitação saiu durante a preparação para o casamento deles.
Então, a eles, minha profunda gratidão e carinho. Além, é claro, dos votos de felicidade, sempre!