Vamos viajar para Várzea Paulista? Hoje, eu vou contar a história da Isabela e do Pedro, um namoro que começou há quatro anos e cinco meses.
Os nossos noivos se conheceram no Yellow Pubmarine (adorei esse nome!), em Jundiaí, em novembro de 2014. Era happy hour da empresa em que o Pedro trabalhava na época e a Isabela foi acompanhando uma amiga que trabalhava lá também, a Renata. Mas não foi uma mera coincidência. Na verdade, essa amiga já havia falado dela para o Pedro e vice-versa.
Quando eles se conheceram perceberam uma afinidade muito grande. Conversaram bastante, ouviram rock (naquele dia a banda tocava Guns n’ Roses) e beberam cerveja durante a noite toda. Horas depois aconteceu o primeiro beijo. Ao fim da noite, eles combinaram de ir correr em um parque de Jundiaí durante a semana e, desde então, passaram a se falar pela internet quase que diariamente e a se verem aos finais de semana.
Depois de dois ou três meses já era um relacionamento sério. Mas não pensem vocês que foi fácil assim. A Isabela teve que fazer uma pressão para o Pedro a pedir em namoro. Ela já conhecia a família dele e o Pedro a queria acompanhar em uma viagem para Panorama, cidade em que ela nasceu, para conhecer os pais dela. Eles estavam em um bar conversando a respeito e ela disse que não gostaria de apresentar ao pai alguém com quem estava só ficando. Na mesma hora ele a pediu em namoro e no dia seguinte levou uma cesta de café da manhã e flores a ela.
E, assim, começou o namoro dela que gosta de ler (é fã de Harry Potter), de assistir filmes, séries, vídeos no Youtube, dançar, passear no parque, beber cerveja com amigos, de praticar crossfit… e dele, que gosta de ler, assistir filmes, principalmente no cinema (por causa da pipoca), passear no parque, tomar café, cerveja com amigos, ver filmes e séries, de correr e andar de bicicleta.
Durante o namoro, o Pedro passou a ser a companhia da Isabela aos finais de semana em Jundiaí, já que a família dela mora longe. Aliás, o nosso casal construiu uma ótima relação com as famílias de ambos. A da Isabela mora em Panorama. Por ser longe, Isabela e Pedro vão visitá-los com intervalos de meses. Já a família do Pedro mora mais perto, em Jundiaí e em São Paulo, e eles vão com frequência almoçar na casa da mãe dele, ou tomar café, e se veem quase todos os finais de semana.
Dentre as viagens inesquecíveis, Isabela e Pedro têm na memória a primeira. Eles foram para Maceió. Mas foi na segunda, para Fortaleza, que eles passaram bastante tempo realmente juntos pela primeira vez.
Ah! E há outra viagem inesquecível para eles. O Pedro sugeriu que eles fossem comemorar os três anos de namoro em Monte Verde, Minas Gerais. Lá, ele surpreendeu a Isabela ao pedi-la em casamento. Ela levou um susto, pois foi um pedido super inesperado. O Pedro passava por um momento de mudanças na vida e, diante de tantas incertezas, disse à Isabela que a única certeza que ele tinha naquele momento era de que queria ficar com ela para o resto da vida. Por sua vez, devido ao susto, a Isabela levou algumas horas para aceitar. O “sim” só veio no dia seguinte. Eles ficaram noivos e meses depois começaram a planejar o casamento.
Nesse meio tempo, a Isabella buscava um novo espaço para morar e eis que aparece um bom negócio. Eles já estavam tão em ritmo de casamento que decidiram acelerar os trâmites e foram morar juntos. Eles me contaram que essa união sob o mesmo teto tem sido incrível.
O casamento foi realizado na lindíssima Chácara Paraíso, em Várzea Paulista. O espaço para a cerimônia campal é um dos mais bonitos que já vi. O verde do jardim é impecável e o mobiliário (bancos e pergolado) rústico de altíssima qualidade. O gramado é cortado por uma extensa passarela de madeira, tudo feito com muito bom gosto ao lado de uma mata onde as maritacas se fazem notar.
A chegada da noiva foi anunciada pela mais linda clarinada que vi nos últimos tempos. Reconheço que o instrumento não deve ser um dos mais fáceis de se tocar. Haja pulmões e musculatura facial. Mas tenho visto tantas falhas ultimamente que fiquei boquiaberto com o desempenho do músico. Fiz questão de dizer isso a ele ao final do casamento.
Mas voltando… Na cerimônia, contei a história acima e os convidados se divertiram. Também fizemos homenagens aos pais e o noivo, de gravata borboleta, me deixou comovido com os votos dele. Há muito tempo isso não acontecia com o texto de um noivo. Isabela estava lindíssima. Aliás, um casal jovem, bonito e extremamente cativante. Mas não só de choros é feito um casamento. Todos rimos quando a linda menininha que trazia as alianças resolveu voltar para trás quando estava quase chegando ao altar. O noivo, muito perspicaz, foi até ela buscar os anéis e assim, depois das juras, eles foram reluzir nas mãos esquerdas deles.
Continuamos com a linda e extremamente simbólica cerimônia da árvore e assinatura da ata com efeito civil. Também rendemos homenagem ao sagrado com a oração do Pai Nosso e, pela primeira vez, anunciei em um casamento a oração de São Francisco. Linda demais! Tudo contou com o capricho da cerimonialista Sidia Nunes.
Foi uma cerimônia que nem senti passar. Como sempre digo, gosto sempre de olhar para os convidados e perceber se estão atentos. As mulheres chorando nas primeiras filas a minha direita eram sinal de que tudo estava funcionando. Tenho uma paixão por casamentos com a luz do dia e por cerimônias campais. Acho que a energia se potencializa. Reforcei essa minha impressão nos momentos que passei com Isabela e Pedro. Desejo que todas as potências daquele momento sejam sempre carregadas por eles. Os levo no coração daqui para a frente com um desejo imenso de que a felicidade que vi neles se renove a cada amanhecer.