Acredito que um dos maiores desafios para um celebrante é realizar casamentos de amigos. O primeiro que celebrei, lá em 2015, foi assim e me marcou demais. São cerimônias em que os laços afetivos falam mais alto e queremos dar o nosso melhor. Não que seja diferente das demais cerimônias, mas nesses casos fica superlativo. As sensações durante todo o processo de preparação e no dia são diferentes. Incontestável e, deliciosamente, inevitável.
Necessário fazer essa contextualização para falar de Karen e Diego ou melhor Diego e Karen, já que ele chega primeiro na minha vida. Vamos voltar a meados de 2005? Em um encontro de jornalistas conheci Graziela Félix. A profissão e a forma de ver o mundo fizeram com que um forte laço de amizade rapidamente se formasse entre nós. Em pouco tempo, as vidas, as histórias e as famílias começam a se entrelaçar e nessa mistura conheci o irmão dela, Diego, na época com 19 anos. Ele sempre foi um rapaz de destaque. A Grazi sempre nos trazia ótimas notícias sobre o desempenho do Diego, principalmente na vida escolar. Os anos se passaram, ele foi aprovado com destaque em uma faculdade pública e mudou-se de cidade. E eu sempre acompanhando de longe com muita admiração.
Viagem no tempo comigo novamente para que eu possa lhes apresentar a nossa querida noiva. Já estamos em 2016, ok? No último ano da faculdade, o Diego já dava aulas, mas estava precisando ampliar a carga horária. Decidiu então deixar um currículo em um cursinho. A unidade era gerenciada pela Karen, que recebeu o material dele. Após analisar o conteúdo, ela telefonou para o Diego e o convidou a ministrar uma aula teste. Foi nessa ocasião em que eles se viram pela primeira vez. Ele acabou contratado, claro.
Após um ano e meio de convívio no cursinho, surgiu uma grande amizade que resultaria em um interesse maior. Só que alguém precisava tomar a iniciativa. Esse papel coube à Karen. Ela convidou o Diego para ir ao cinema e assim se deu o primeiro encontro do nosso casal, que depois também foi curtir um barzinho e protagonizaram uma noite de muita conversa. Os encontros se tornaram cada vez mais frequentes e, nas conversas, eles descobriram que tinham objetivos em comum. A amizade então deu espaço a um grande amor, baseado em muito respeito e carinho. Após três meses, o Diego a pediu em namoro.
Mas essa história não teria dado tão certo se um cupido não tivesse entrado em ação: o Ramalho, que era funcionário do cursinho e dizia para a Karen, quase diariamente, que o Diego estava interessado nela. Como a Karen também estava, resolveu investir. “Foi o fim daquele medo bobo”, como diz uma das músicas que marcou o namoro do casal, cantada por Maiara e Maraísa.
A partir então, o Diego passou a conhecer uma Karen que gosta de ver filmes comendo pipoca, de ler, conversar e jantar fora. Uma mulher que adora praticar esportes, como crossfit, e que é vaidosa, mas na medida certa. Ela me disse que se cuida para se sentir bem e para que o Diego goste, mas sem grandes preocupações com isso. E a Karen conheceu um Diego que adora ver filmes, estudar, conversar, ouvir muita música e fazer shows com sua banda, no comando da bateria.
Eles passaram a compartilhar os dias, lindas histórias e momentos inesquecíveis. A primeira viagem deles, por exemplo, ficou marcada. Eles foram para Foz do Iguaçu. O dia que tinham escolhido para irem até as Cataratas amanheceu lindo, ensolarado. Mas quando estavam chegando, ainda dentro do ônibus turístico, o tempo virou e caiu uma tempestade. As pessoas, imediatamente, começaram a se encolher dentro do ônibus para não se molharem, mas Karen e Diego decidiram conhecer o lugar. Juntos, desceram do ônibus, no meio da tempestade, e conseguiram ver as quedas d’ água praticamente sozinhos. A foto daquele dia é única e inesquecível: quedas d’água formando um cenário exclusivo para os dois encharcados. E assim foi com todas as histórias vividas até o casamento. Eles me disseram que aproveitaram cada momento.
Essa trajetória os levou até o momento da decisão: o casamento. Quando perguntei a eles o que esperavam da vida de casados, a Karen me disse que desejava compartilhar com o Diego os mesmos objetivos e sonhos, construir uma família com muito amor, respeito e companheirismo. Para ela, o casamento significa assumir o compromisso de viver com a pessoa que a completa e que estará sempre ao lado dela.
O Diego, me disse que desejava desfrutar cada momento de felicidade ou tristeza (inevitável) ao lado da Karen sendo mais que um marido, mas, principalmente, um amigo. Ele deseja que os filhos sigam o exemplo de perseverança de ambos na conquista dos objetivos e que eles consigam transmitir esse ensinamento a eles. O momento do casamento para o Diego seria para assumir o compromisso de potencializar os momentos de alegria da Karen, sempre que puder, e de ser um refúgio, para os momentos de aflição dela. Ele ainda me disse que estava pronto para descobrir ao lado dela o real significado do termo “porto seguro” e chegaria ao altar muito grato por poder construir um novo ciclo e uma nova fase da vida dele junto com a Karen.
O casamento foi realizado no encantador jardim do Casarão Café, instalado dentro do Centro Cultural Engep, em Limeira. Uma cerimônia intimista no final da tarde. Quando a noite caiu, eles estavam casados e todas os convidados muito felizes por terem testemunhado o “sim” mais importante da vida deles.
Aos queridos amigos, minha imensa gratidão por terem me incluído neste momento tão bonito da vida de vocês. Contar uma história que pude acompanhar a construção é uma honra sem tamanho. Uma alegria enorme me arrebata quando percebo que isso que vivemos é apenas o início de muitas narrativas lindas que estão por vir. Posso não ser eu a contar os próximos episódios, mas estou pronto para aplaudir cada uma deles. Continuem lindos, amados e felizes!
Posso dizer que ter você, João, como testemunha ativa de minha união com a Karen foi um imenso privilégio. Admiro seu trabalho muito antes de se tornar o melhor celebrante (“da vida” bordão de Grazi Félix, vulgo minha irmã) de Limeira e região.
Muito mais do que o grande profissional que é – mas também o ser humano João – você, apesar do pouco convívio, me inspirou como exemplo de determinação, na conquista de meus objetivos profissionais.
Saiba que tê-lo presente em momentos que marcaram minha formação contribuiu muito com a construção do meu caráter.
Cara, te admiro demais.
Obrigado pelas belas e marcantes palavras do último dia 13/JUL/2019, ninguém conseguiria atingir tão profundamente o coração dos presentes quanto você.
PARABÉNS PELO INCRÍVEL TRABALHO. SUCESSOS.
Bjos e abraços