Essa história que eu conto hoje começou em junho de 2016. O Daniel foi designado como instrutor de voo em um intercâmbio de instrutores entre a Força Aérea Brasileira e a Força Aérea Argentina em janeiro de 2015. Lá, ele tinha que dar instruções de voo em espanhol. Assim, ele teve que fazer um curso de espanhol intensivo particular de três meses na Escola de Idiomas da Força Aérea Argentina. A Laura era a professora de espanhol e foi assim que se conheceram. Até então, os dois criaram uma amizade.
Assim que o curso foi concluído, o Daniel continuou na Escola de Idiomas para fazer aulas de inglês em grupo. Você se arrisca a dizer quem era a professora? A Laura novamente.
Ainda em 2016 começou o interesse dos dois para se conhecerem melhor. Foi aí que entraram em cena dois colegas da turma de inglês do Daniel, e consequentemente alunos da Laura, a Alejandra e o Pablo. Eles foram os cupidos. Tentaram até armar uma situação durante uma festa de aniversário para Laura e Daniel ficarem juntos. Alejandra e Pablo são sargentos na Força Aérea Argentina.
A insistência deu certo. Laura e Daniel ficaram juntos na Argentina até janeiro de 2017. Naquele ano, quando ele voltou ao Brasil, ficaram namorando à distância, mas no final de dezembro de 2017 eles decidiram morar juntos e a Laura se mudou para o Brasil.
Desde o início do namoro, eles viveram várias histórias curiosas, principalmente em relação a cultura de cada país. O Daniel, por exemplo, nas primeiras vezes em que esteve na casa da Laura, não entendia muito o que estavam falando, pois os Sánchez falavam alto e todos de uma só vez. Demorou um tempo até que ele se acostumasse e pudesse participar das conversas.
Já a Laura quando chegou ao Brasil, por falar pouco português, nas primeiras reuniões familiares, ficou meio perdida. Em uma situação, perguntaram a eles se queriam ter filhos. Ele respondeu sim e ela respondeu não. Ficou uma situação engraçada porque ela havia entendido que perguntaram se eles já tinham filhos. Para evitar mais problemas de comunicação, às vezes o Daniel precisava atuar como tradutor.
O período de namoro não foi tão longo, mas foi intenso. A primeira viagem do nosso casal, por exemplo, ficou marcada. Por causa da vontade de conhecer vários lugares, em apenas 6 dias, eles passaram por 5 estados, dormindo em um hotel diferente cada noite e percorreram cerca de 2500 km de carro. Foram mais de 30h. Eles me contaram que a viagem foi muito bonita, que conheceram lugares maravilhosos, mas que terminaram essa aventura muito cansados.
Este casamento sela a união dela, que gosta de estar com os amigos e com os familiares, de ler romances (de suspense ou de detetives), de assistir séries, treinar caratê, conhecer lugares novos, viajar, ficar ao ar livre e na natureza, de fazer trekking, dançar, ir a festas, ouvir e cantar músicas alegres, de atividades culturais e de comemorar os eventos importantes da vida.
E dele. Que gosta de pescar, fazer pilates, jogar tênis, fazer caminhada, passeios pela natureza, assistir séries e filmes de ação e de ficção científica, que gosta de viajar, de conhecer lugares novos, principalmente com natureza e históricos.
Perguntei a eles porque decidiram se casar. A Laura me disse que a união sela o amor que existe entre eles. Para ela, o importante é que a relação tenha sempre muita sinergia e que eles continuem com o apoio mútuo e a amizade. E ela deseja que a família possa aumentar nos próximos anos.
Para o Daniel, esse momento é um sim à escolha de compartilhar cada dia de vida com a pessoa que ele ama. Com muito respeito, carinho um com o outro, numa relação com diálogos sinceros e amorosos. Ele me confessou que espera que continuem evoluindo individualmente, mas principalmente enquanto casal. Ah! E, claro, tornar realidade o projeto de família e filhos.
Laura e Daniel escolheram o Casarão Café, localizado em um prédio histórico no Centro de Limeira para selar a união. Naquele início de tarde, as famílias de ambos receberam um novo filho e uma nova filha com um grande sentimento de harmonia no ar.
A união foi celebrada com efeito civil, depois de a Laura seguir todos os trâmites exigidos de estrangeiros para que a documentação seja aceita pelos cartórios brasileiros.