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Mariana e Marcelo – O casamento com três alianças

A história que conto hoje começou em 1º de agosto de 2011. Mariana e Marcelo se conheceram quando participavam de um ensaio para um casamento do qual eles seriam padrinhos, mas com pares diferentes. Naquele dia, tudo ficou só no ensaio mesmo. Nada aconteceu.

Cinco dias depois eles voltaram a se encontrar para o casamento. Já na fila de padrinhos, na porta da igreja, eles começaram a conversar mais profundamente. A cerimônia aconteceu, tudo correu bem e, na festa, eles voltaram a se encontrar. Foram horas de conversas e risadas.

O jeito do Marcelo divertido, brincalhão e de ótimo papo fez com que despertasse na Mariana a vontade de conhecê-lo melhor. E, para ele, chamou a atenção o jeito agradável e a inteligência dela.

No meio da festa, a Mariana já não suportava mais a dor de cabeça que havia começado na parte da tarde e então optou por ir embora. Eles se despediram e o Marcelo retornou para a festa.

Eles voltaram a se falar depois de 15 dias pelo Facebook e decidiram marcar o primeiro encontro. Fazia frio naquela tarde e eles se encontram no MC Donald’s. Depois, foram tomar um chope. Após duas ou três horas de conversa, o primeiro beijo aconteceu.

Embora estivesse frio, o Marcelo suava muito. Ele estava apreensivo e a Mariana não entendia o porquê. Mas, de repente, ele disse: “Ma, eu tenho certeza que é você! “. Dando a entender que ela seria a pessoal que ele estava buscando. Assim, o dia 21 de agosto de 2011 tornou-se a data do início do namoro do casal.

A partir daí eles traçaram uma história linda. Linda como é a vida, aceitando todos os altos e baixos dela. Com encantamentos, sonhos, imaginação, intensidade, decepções, pitadas de realidade, aceitação, discernimento, redescobertas, compreensão e tudo aquilo que colabora para a nossa maturidade e evolução.

Durante a cerimônia, eu até contei a eles que um amigo me disse uma vez: “João, a vida não é um carrossel! É uma montanha-russa!”. Faz sentido. Quando vamos para o parque de diversões, corremos para qual brinquedo? Para a montanha-russa, claro. O carrossel fica por último. É aquela atração morna, sem graça, para quem não está disposto a viver aquele momento com fortes emoções.

E dentre as emoções da vida a dois, a maior do nosso casal é a Mariah, a filha de quatro anos. A Tite como eles a chamam carinhosamente. O apelido inicial era Pequenininha, mudou para Petitinha, virou Petite e, por fim, Tite. A joia rara e preciosa do nosso casal. Uma menina linda, alegre e espontânea. Tão espontânea que no dia em que eu a conheci, ela me disse: “Tio, os meus pais dormem demais! Eles dormem tanto que eu tenho que acordar os dois”. Sempre rio quando me lembro da espontaneidade dela.

Felizes dos que experimentam os altos e baixos da vida e saem revigorados, com novos projetos, novas metas. Com o casamento, Mariana e Marcelo optaram por iniciar um novo ciclo e com o coração cheio de amor para recebe-lo. Easy, like Sunday morning – Tranquilos, como uma manhã de domingo, como diz a música do Leonel Richie que marcou o relacionamento deles.

O casamento foi realizado no Casarão Café, em Limeira, um lugar que eu adoro. O prédio, originário de meados de 1860, abrigou a festa. A cerimônia aconteceu no bucólico jardim. A dona do espaço, minha amiga Veruska Ramanauskas, cuidou de cada detalhe.

Logo de início, os nossos noivos assumiram o compromisso de deixar para trás as individualidades que não contribuem para uma vida a dois e de serem um para o outro um apoio na caminhada que se iniciaria. Esse compromisso real e verdadeiro simbolizamos com o ritual da água.

Mariana e Marcelo tinham uma taça cada um e beberam um pouco da água. A taça de cada um representava as individualidades, as singularidades, o indivíduo, no singular, de forma ímpar. Após “beberem as individualidades”, eles uniram a água que restou em uma terceira taça que estava vazia. Este ato simbolizou a união das duas histórias de vida. O ritual determina que a partir do momento da união da água tudo passa a ser compartilhado. Um compromisso dos noivos de permanecerem, como a água: unidos, sempre em sintonia e inseparáveis.

A cerimônia seguiu com uma linda homenagem aos pais dos noivos, leitura do Evangelho feita por um primo do casal de 10 anos, troca de alianças e aqui faço um adendo. A filhinha Mariah também ganhou uma aliança, acompanhada de uma emocionante declaração de amor dos pais. Sempre digo que adoro quando as famílias são incluídas na cerimônia. Foi lindo! Assim como a entrada da Mariah com as alianças juntamente com a cachorrinha da família, a pequena Meg.

Os noivos também optaram pela cerimônia das areias. Os pais, padrinhos e o nosso casal encheram uma garrafa com areias coloridas. Cada cor simbolizou um desejo para a nova vida do casal. E, tudo isso, com a linda trilha sonora da Fernanda Luz.

Ao final da cerimônia, a chuva chegou para encher a união da Mariana e do Marcelo de bênçãos. Começamos com água, durante o ritual, e terminamos com a água, que veio de Deus. Uma união lindamente abençoada pela força da natureza. E foi mesmo uma cerimônia forte. Tivemos reverência à família, à religiosidade e à história vivida.

Por isso, desejo a esse casal que sempre bebam da força da cerimônia que construímos juntos. Que os dias sejam compartilhados com amor, união, afeto e força. Terão sempre minha torcida, carinho e gratidão por também terem me incluído. Felicidades, Mariana e Marcelo!

1 comentário em “Mariana e Marcelo – O casamento com três alianças”

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